MOVIMENTO CÍVICO DE SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO
FERROVIÁRIO DO BARREIRO
COMUNICADO Nº 3
“ A memória é émulo do tempo, mas o tempo joga contra a memória”
1. O Património Arqueológico Industrial do Barreiro, incluindo o Património Ferroviário, pode ser devidamente preservado sem a sua classificação patrimonial?
Pode! Mas não será a mesma coisa para a fundamental e inestimável protecção legal, resultante da classificação como património nacional, de interesse público ou de interesse municipal e regional.
Em tempos de loucura neoliberal, em que as medidas de índole tecnocrática (e autocrática!), subvertem a visão humanista e as orientações para o desenvolvimento harmonioso no interesse local e nacional, a preservação da memória tem a dimensão patriótica que falta às políticas de retrocesso civilizacional e de empobrecimento do País.
“ A memória é émulo do tempo, mas o tempo joga contra a memória”
1. O Património Arqueológico Industrial do Barreiro, incluindo o Património Ferroviário, pode ser devidamente preservado sem a sua classificação patrimonial?
Pode! Mas não será a mesma coisa para a fundamental e inestimável protecção legal, resultante da classificação como património nacional, de interesse público ou de interesse municipal e regional.
Em tempos de loucura neoliberal, em que as medidas de índole tecnocrática (e autocrática!), subvertem a visão humanista e as orientações para o desenvolvimento harmonioso no interesse local e nacional, a preservação da memória tem a dimensão patriótica que falta às políticas de retrocesso civilizacional e de empobrecimento do País.
2. Correram bem as audiências programadas para a entrega da Petição Pública e da documentação legalmente exigida para a classificação dos principais elementos do património ferroviário:
- Estação Ferro - Fluvial (de Miguel Pais).
- Oficinas dos Caminhos de Ferro e Estação Primitiva.
- Bairro Ferroviário e Palácio do Coimbra.
- Rotunda Ferroviária e Armazém Regional.
* A REFER mostrou-se disposta a apoiar o processo de classificação e, numa iniciativa inédita entre nós, a celebrar um protocolo para a cedência a várias associações, da antiga estação e armazém do Lavradio.
* O Museu Nacional Ferroviário, reconheceu a falta de um Núcleo Museológico no Barreiro, dispondo-se a apoiar o processo de classificação em curso.
* A Câmara Municipal do Barreiro, que tem feito esforços institucionais neste desiderato, irá pronunciar-se institucionalmente sobre o processo de classificação quando for chamada para tal.
Entretanto, a pedido das três associações intervenientes, a CMB irá analisar o processo protocolar com a REFER e decidir da sua comparticipação regulamentar nos programas de recuperação, de actividades e de animação dos espaços da antiga estação do Lavradio.
*A Assembleia Municipal do Barreiro e a CP, não responderam ao pedido de reunião.
3. O IGESPAR, agora denominado Instituto do Património Cultural, recebeu-nos cordialmente e comprometeu-se com a tramitação legal do processo apresentado pelo MCSPFB, de classificação dos referidos elementos do Património Ferroviário do Barreiro.
O processo será instruído segundo as hipóteses de classificação referidas (Monumento Nacional, de Interesse Público ou de Interesse Municipal e Regional), e passará necessariamente pelas informações da CMB, da REFER e da CP. Será factor abonatório a junção de outros pareceres positivos e nobilitantes, de especialistas ou entidades relacionadas com o assunto.
No diálogo com o representante do IPC, tomámos conhecimento de um levantamento/inventário do Património Arqueológico Industrial restante, feito em devido tempo pelo IGESPAR e ficou afirmada a vontade de se envidarem esforços para a classificação dos riquíssimos elementos desse património.
4. Com a experiência vivida de trabalho voluntário e dedicado no dia B, em 4/5/13, e em jornadas subsequentes, na recuperação do espaço da antiga Estação do Lavradio ( com dezenas de participantes), abriu-se uma nova perspectiva de colaboração profícua com as autarquias do Barreiro.
Sendo desejo comum a defesa e a preservação do Património Arqueológico Industrial do Barreiro, o caminho sensível e necessário da classificação dos seus principais elementos, será uma senda exaltante e generosa na preservação da memória, como consciência inserida no tempo, integrado na construção de um desenvolvimento regional sustentado e harmonioso, que honre o passado e dignifique o presente de todos os barreirenses dispostos a trilhar os caminhos do futuro na Pátria incerta.
MCSPFB
José Encarnação
Armando Teixeira
Rosalina Carmona
Fernando Oliveira
Dores
Frederico Tavares
Júlio dias
Dulce reis
Rita dias
Sem comentários:
Enviar um comentário